Para a Leitura Corporal, o aparelho respiratório, em conjunto com a pele e os intestinos, trabalha para aprimorar a interação do Indivíduo consigo, com os outros e com o ambiente. Nesse pensamento, todas as desordens respiratórias, das mais brandas às mais intensas, estão associadas às temáticas do contato, do convívio e da influência recíproca entre o Ser e seu entorno.

Dentro desse complexo sistema, os brônquios assumem o papel específico de vibrar a energia da autenticidade, essencial para o processamento da estabilidade (a habilidade de estar de forma diferenciada a cada interação e a cada momento) nas trocas afetivas.

Os brônquios mobilizam impulsos que permitem ao Indivíduo perceber e definir quais são os verdadeiros sentimentos e emoções gerados dentro dele no decorrer de suas interações, estimulando-o, sobretudo, a se sentir amado e aceito por si e pelo outro.

Quando o Indivíduo, em sua faculdade de influenciar e ser influenciado, orienta-se por uma noção de nocividade (tanto no sentido de sentir-se prejudicial ao externo como de sentir-se prejudicado pelos outros e pelo ambiente), o Corpo pode desenvolver quadros asmáticos como um recurso para que ele perceba as verdades da troca.

Na asma inspiratória, o sentimento vivido pelo Indivíduo é de que as pessoas, as coisas, a vibração mental e as situações externas lhe são nocivas. Na asma expiratória, o sentimento de nocividade está sendo criado dentro dele, levando-o a experimentar o sentimento de que sua atuação, seus conteúdos e seus valores podem comprometer o externo.

A asma trabalha com o intuito de evitar que a ideia de nocividade deturpe a verdade das trocas. Afinal, nada como um Indivíduo asmático para perceber e apontar as situações nas quais os arranjos e a manutenção de falsas estabilidades acabam por trazer incômodos a todos os envolvidos.

Cada crise asmática é uma oportunidade para amadurecer a habilidade de expressão de si e exercer com mais segurança a condição de influente. Aproveite essa manifestação para acolher a liberdade de relacionar, para trazer o externo para dentro e para levar o interno para fora com transparência, franqueza e amorosidade.