Para a Leitura Corporal, a trombose está relacionada ao abandono de algum projeto muito importante para si. Em geral, os indivíduos que fazem trombose decidiram, para facilitar ou resolver questões externas, não realizar um movimento para o qual se estava dedicando há um bom tempo, com muita vontade e desejo de concretizar.

A trombose tem uma leitura parecida com a formação de nódulos mamários, com a diferença de que neles o sentimento predominante é de substituição de uma coisa por outra na vida pessoal por uma questão que cabe a si. No processo da trombose, a ênfase está na conveniência dos outros – não porque o externo necessariamente obrigou, mas porque o indivíduo se colocou na obrigação de resolver.

Por exemplo: uma pessoa juntou dinheiro por 10 anos para realizar o sonho de viajar para o exterior. Quando chegou o ano programado para a viagem, um dos filhos faliu e todos na família consideraram que ela deveria salvar o filho. O dinheiro foi, então, todo entregue para o filho, e logo depois essa pessoa fez uma trombose severa.

É bem possível, aos olhos da Leitura Corporal, que nessa história o dinheiro não tenha resolvido a vida do filho, porque o que se faz contra si mesmo quase nunca funciona. Se aquilo que a gente oferece tira algo de nós, o benefício recebido pelo externo é efêmero, não dura. Se a ajuda é fruto de uma real disponibilidade, o ganho é recíproco e eterno.

Essa é uma lei do universo: ajuda com sofrimento tem efeito muito pequeno. Não resolve, porque não é essa a filosofia da Vida. Conseguimos efetivamente ajudar quando o ato de favorecer ao outro é também um ato de autofavorecimento.

Pedir, todo mundo tem direito. Cabe àquele que recebe o pedido avaliar se aceita ou não, de acordo com sua disponibilidade para servir. Tem muita coisa que a gente serve, mas não deveria.