A mediação é um recurso para a conquista da compatibilidade, da proximidade e da afinização. É uma vibração de calma, de acolhimento e condescendência, que estimula o agir ordenado, sem pressa, para que se encontre a melhor forma de unir e somar. Trata-se de uma função apaziguadora que, ao buscar o caminho do meio, permite a harmonização das relações e dos ambientes.

No corpo físico, a composição da ação mediadora é gerenciada pelas seguintes estruturas: linha alba, 3º dedo, 3º artelho e tendão de Aquiles. Essas partes do corpo trabalham em prol da sinceridade de intenções, da consideração das polaridades, ajustando as medida do quanto interceder, do quanto ceder, do quanto resistir, do quanto investir para manter os vínculos e as relações. Quando o uso excessivo da função mediadora impede a fluência dos movimentos, ela pode tornar-se prejudicial.

E aos olhos da Leitura Corporal, é o excesso de mediação a principal causa de adoecimentos no tendão de Aquiles. Essa estrutura, que também trabalha com a propulsão do movimento, manifesta-se para que não fiquemos girando em círculos, sem sair do lugar, quando o tempo é propício para a evolução da própria história.

Não vale a pena manter a ilusão de paz, quando a realidade interna é composta de turbilhões. Para fazer um bom uso da função mediadora, devem-se manter os horizontes da autorrealização. Afinal, mediar é também permitir a divergência de caminhos, quando eles apontam para outras direções.