O sangue tipo O é o sangue dos eleitos. Para a Leitura Corporal, os indivíduos que participam desse grupo sanguíneo são assim chamados por serem os grandes mantenedores de toda e qualquer criação. Os eleitos, em sua essência, estão prontos para entender e se adaptar a toda sorte de fenômenos e experiências.  Mais do que isso, o grupo de sangue O tem a habilidade, latente ou desperta, de adaptar as diferenças umas às outras, encontrando caminhos de interação entre todas as partes que compõem o nosso mundo, sejam elas coincidentes ou polarizadas, congruentes ou divergentes.

Os eleitos sabem fazer o que for preciso para que tudo possa coexistir e continuar – eles trazem a consciência da unidade, da junção que soma, da inteiração que considera e valida o discordante. Têm como proposta unificar a humanidade, encontrando lugar para tudo o que possa existir e, principalmente, cuidando para que a diversidade não se constitua em facções.

São indivíduos que têm a habilidade de estar, em simultâneo, nas várias filosofias, atividades, dimensões e contextos. Para os eleitos, pode ser difícil perceber ou estabelecer limites fechados, pois sua tendência é considerar muito mais as possibilidades de integração e de continuidade.

Na vida cotidiana, o tipo O vive negociando – as coisas não têm início, meio e fim, mas têm início, meio, negociação, meio, negociação, meio. Estabelecer contornos, limites, e principalmente um fim pode ser um desafio imenso para os indivíduos de sangue O, pois é da sua natureza voltar-se para a manutenção dos elos. Por isso os eleitos trazem como tarefa de aprendizagem o reconhecimento de que os contornos são necessários para que a unidade se faça. Afinal, sem eles as coisas se misturam. São os contornos que permitem que tudo transite por tudo, todos transitem por todos, sem que nada se perca. É a consciência do limite que garante a manutenção, a adaptação e a expansão das possibilidades.

Não é por acaso que sejam muitos. Para que a Criação possa se manter, é preciso de muita gente habilidosa para entrelaçar o discordante, e mostrar para a humanidade de que formas tudo pode ter o seu lugar, tudo tem o seu valor, por isso nada precisa ser nem excluído, nem eliminado. Munidos de suas capacidades, de sua força de adaptação, os eleitos podem impulsionar toda a humanidade para as suas infinitas possibilidades de integração.