As amígdalas e a construção do Ser Sexual

Na visão da Leitura Corporal, sexualidade é sinônimo de movimento livre de busca pela satisfação interna. Ela é tão inerente ao Ser Humano quanto a fome e a sede. Sexualidade é viver o próprio corpo em qualquer que seja a atividade, fazendo de si o mais importante instrumento para a autossatisfação. O outro é sempre bem vindo, e pode ser um grande aliado e facilitador, mas dele não dependem as experiências de prazer e de deleite.

A sexualidade evolui segundo a disponibilização para sentir e para entregar-se ao que é sentido e sustenta-se, principalmente, pela admiração por si mesmo e àquilo que se está sentindo. E isso não é narcíseo – é apenas o deixar fluir da energia sexual, fonte da vida e da longevidade.

Amígdalas: os filtros da energia sexual

Para a Leitura Corporal, as amígdalas têm a função de identificar os impulsos próprios da sexualidade, incentivando no indivíduo o reconhecimento, a aceitação e o desenvolvimento desta sua faceta. Elas trabalham na composição de desejos, sensibilidades, anseios, posturas, comportamentos e hábitos inerentes a um Ser Sexual, estimulando a expressão, o exercício e a satisfação dos desejos e das vontades.

Os valores e as normas de comportamento que ainda preponderam na nossa sociedade podem se constituir como obstáculos para a aceitação e a realização das pulsões sexuais. Para muitos de nós, não é simples encontrar formas de se demonstrar e fazer evoluir as relações, a intimidade e a satisfação pessoal. Mas as amígdalas não se cansam de trabalhar para que cada indivíduo crie espaços para a realização de suas pulsões sexuais, localizando, reconhecendo e corrigindo os desvios e inibições impostos por si e pelo externo.

Amigdalite em crianças

A Leitura Corporal considera que a formação básica do Ser Sexual acontece até por volta dos 9 a 10 anos de idade. As crianças desenvolvem sua sexualidade observando o comportamento sexual dos adultos, e absorvem os registros que controlam ou inibem a manifestação da mesma. A amigdalite se faz então presente com o objetivo de evitar a introjeção de conceitos que dificultem a descoberta e o aproveitamento das potencialidades geradas ou alimentadas pela energia sexual.

A inibição da sexualidade é um mecanismo que nos coloca distantes de nós mesmos, ao limitar o acesso aos nossos sentimentos, desejos, vontades e quereres. Dar-se a liberdade para experimentar a energia sexual é um exercício de autoconhecimento. E conhecendo-se nos espaços pessoais de deleite e gozo, mais fácil é permitir, sem julgamentos, que o outro se descubra na vivência dos próprios prazeres.

A satisfação de si e através de si é um caminho para o contentamento de todos. A vida é uma delícia, saibamos aproveitá-la!

Uma resposta

  1. Olá! Gostaria de saber, por gentileza, qual a consequência para a vida sexual adulta da retirada das amígdalas na infância. E qual a recomendação nesse sentido?