A ansiedade é uma emoção que se faz presente em circunstâncias diversas e pode ser discreta ou exasperada, excitante ou incapacitante, dependendo da forma como se manifesta e do uso que se faz dela. Para a Leitura Corporal, a ansiedade é uma representação do estado de alerta, que em intensidades regulares suscita o estado de presença e de atenção, facilita a identificação de um anseio, aciona a assertividade e prepara o físico, a mente e o sensório para a lida com situações emocionantes e inesperadas.

Quando manifesta de forma mais intensa, com proporções tidas como não compatíveis com o estímulo que lhe deu origem ou composta por sintomas físicos e/ou psíquicos mais significativos, a ansiedade surge como um alerta de que o indivíduo está despido de seu poder de decisão, deixando-se à solta, sob a jurisdição dos fatos ou direções externos. Nesses casos, ela atua como agente impulsionador da autolocalização, estimulando o resgate do autogoverno e a recuperação do vínculo com a própria história.

O estado de ansiedade, nos seus vários subtipos, grandezas e versões, é percebido pela Leitura Corporal como um reflexo da experiência de muito querer, de saber o que quer e de até planejar ações, e de, em simultâneo, projetar obstáculos, criar objeções, adiando ou complicando o início da realização. Revela que um desejo que pode ser satisfeito no agora está sendo represado ou limitado ao mundo das ideias. Afirma que a mente está estonteada com o preestabelecimento de impotências, limites e condições que mais favorecem o fracasso que a descoberta de formas de expressão producente. E trabalha, com a sua força de assertividade, para que o indivíduo acolha e valide o anseio ou propósito vigente.

Nesta semana voltamos com temas específicos voltados a algumas expressões da ansiedade. Se o assunto lhe interesse, fique ligado!