Para a Leitura Corporal, o apego e o desapego são movimentos igualmente necessários para a saúde dos intestinos. Apegar significa conter para si tudo o que, uma vez conquistado, tem importância e aplicabilidade. Seja um bem material, uma relação, um pensamento ou um sentimento, é direito de todo Indivíduo apegar-se àquilo que verdadeiramente lhe nutre, pelo tempo que lhe for necessário. Mas o apego, para fazer-se saudável, precisa andar junto com o cultivo: o ato de manter sempre em uso e de aproveitar, de várias formas, aquilo que se tem.
Quando uma posse, em vez de cultivada, é cultuada – isto é, mantida mesmo que sem proveito, de forma inerte e estática -, o apego se faz de forma adoecida. Possuir algo como meio para alcançar outros fins – como status, relações, reconhecimentos ou qualquer outra coisa que não a realização pessoal – é também uma forma deturpada de utilização dos impulsos de posse e poder vibrados pelos intestinos. Nesses casos a posse, seja do que for, passa a funcionar como inibidora do fluxo da abundância.
Para os intestinos, muito mais importante que ter é a atitude diante do que se tem. O Universo tem muito a oferecer para cada Indivíduo, de acordo com aquelas que são as suas necessidades genuínas. Se o ato de cultuar se instala, a hora é do desapego. Deixando ir o que não serve mais, fica livre o espaço par a chegada do novo e das novas possibilidades de autorrealização.