A Leitura Corporal acredita que todo e qualquer desejo só se faz desperto no indivíduo quando aquilo que é desejado já lhe pertence de alguma forma. Assim como o corpo adoece nos momentos em que se está apto para processar e transformar as questões que os sintomas representam, as vontades genuínas brotam somente quando a conquista das mesmas já existe em potência.

A inveja é geralmente vista como um sentimento ruim que deve ser combatido. Para a Leitura Corporal, porém, não há emoção humana que possa ser controlada, já que o sentir não é algo passível de questionamentos. Existem sim diferentes maneiras de viver aquilo que inevitavelmente pulsa, e sabendo aproveitar o movimento que suscitam, todas as sensações são bem vindas.

A inveja é um estímulo para que o indivíduo se veja. Ela nasce da falta de contato ou do descuido em relação às habilidades e aos potenciais que se possui, gerando no indivíduo a crença de que ele não é capaz de ter aquilo que deseja. Quem inveja vê um brilho que vem de fora, e se esse brilho incomoda, é porque reflete alguma característica própria desconhecida ou desconsiderada.

A pupila e os intestinos no movimento de conquista

Para a Leitura Corporal, a mobilização e a equilibração dos desejos de posse (de bens materiais, habilidades, conhecimentos, afetos, anseios, etc.) são funções desempenhadas, principalmente, pela pupila – que identifica o que é de interesse e responde às necessidades do indivíduo – e pelos intestinos –  que, entre outras atribuições, estimulam a busca por tudo o que se deseja e necessita.

O que causa inveja perturba, mas alerta. Incomoda o ego, mas assinala o que buscamos. Se bem aproveitada, ela se torna um caminho para a descoberta do que se quer conquistar e daquilo que pode a si realizar. Quando compreendida e vivida sem preconceitos e sem culpa, a inveja cria movimento, vontade de conquista, lançando-nos para o merecimento e para a expansão.

Considere a sua inveja, ative seus intestinos e permita-se a conquista do que faz o olho brilhar! Cada qual com que o si pertence, todos partilhamos da abundância.