A humildade é uma característica que se desenvolve junto com a consciência de valor. Aos olhos da Leitura Corporal, para que seja possível alcançar o estado de humilde na composição da conduta, é antes necessário experimentar os próprios valores com valor.  É preciso que sejamos basicamente os mais entusiasmados tietes das nossas próprias qualidades.

Mas para que a “autotietagem” permaneça em contato com a humildade, sem transformar-se em pura vaidade, é fundamental atentar para a necessidade interna de ver os próprios valores reconhecidos e valorizados pelo outro. O processo de humildade não carece de aplausos – eles são bem vindos quando verdadeiros, mas sua ausência em nada diminuem o experimento do próprio valor. Afinal, o que é valor para mim pode não ser para o outro. E o que é valor em mim não se ofende com desaprovações, mas delas se beneficia para se aprimorar.

A humildade, que anda junto com valor, é assunto dos joelhos (saiba mais) . Principalmente, a face posterior do joelho, que estimula que se dê a significância devida aos próprios atos e que o indivíduo se tome como referência na determinação do autovalor.

Assim, ser humilde é assumir os lugares a si devidos, cumprir com os deveres, bem aproveitar os direitos, desenvolver-se no que se deseja, vivendo a celebração de si sem precisar anunciar e independentemente do reconhecimento do outro. É colocar-se na autoria dos próprios feitos, apreciando-se (no sentido de admirar e também de avaliar) com uma boa dose de auto-amor. Sem nunca esquecer-se que, em suas infinitas diferenças, todos os indivíduos têm valores, e todos os valores são equivalentes.