A Leitura Corporal entende a dor de cabeça como a manifestação que, de forma mais efetiva, marca a conduta de manter sob controle o desejo de experimentar uma situação de uma maneira inteiramente nova. Ela acontece com o intuito de evitar os movimentos preestabelecidos e condicionados, estimulando no indivíduo a liberdade para agir e reagir de formas mais condizentes com a verdade do seu sentir naquele instante.

O desejo da dor de cabeça é criar confusão mental

É preciso parar de pensar para haver a possibilidade de uma fluência mais autêntica. A dor de cabeça surge para que o indivíduo se sinta autorizado a assumir que não sabe como comportar-se, que não consegue raciocinar, abrindo assim espaço para outras possibilidades de atuação. Muitas vezes, os valores da sua razão, da sua educação ou da sua programação de atitudes o levam à escolha pela inibição do seu desejo e pela manutenção da atitude habitual. É quando o corpo o presenteia com essa dor, encorajando-o a não se prender à segurança do comportamento corriqueiro. É como se a dor lhe dissesse: “não abra mão do seu sentir! Se o tempo passou, refaça-o, recrie-o, para que ele possa acontecer outra vez e o experimento possa se manifestar”.

A forma de viver uma experiência é individualizada e momentânea

Como não existe ninguém igual, uma experiência comum a todos pode ser vivenciada de infinitas maneiras. Como todo indivíduo está em constante mutação, uma mesma situação pode suscitar emoções distintas em momentos diferentes. As condutas esperadas e aceitas, tanto pelo outros como por si próprio, nem sempre levam o indivíduo à resolução de si – o máximo que elas pode fazer é garantir que se caminhe por um espaço conhecido. Mas pode ser que esse caminho já não seja mais suficiente. Assim, para a Leitura Corporal, a dor de cabeça é bem vinda, mas prescindir da mesma é simples: basta permitir-se a espontaneidade.

Então, vamos nos permitir?