A coluna vertebral, o Pilar de Afirmação da Identidade, é composta pelo conjunto de estruturas que transformam as pulsões pessoais – como as ideias, as emoções, as sensações e os intentos – em atitudes, posicionamentos e ações. Organizando-se em cinco regiões distintas (coccígea, sacral, lombar, torácica e cervical), as 33 vértebras que formam a coluna guardam a referência do que dá chão, eixo e estabilidade ao indivíduo, trabalhando na contínua construção e reconstrução de formas de representar-se.

As vértebras organizam comportamentos baseando-se nos caracteres, nos conteúdos e nas peculiaridades naturais do indivíduo. Pela coluna vertebral circula uma qualidade de energia genuína, e sua atividade rege a experiência de conceber-se, conhecer-se e pronunciar-se.

Assim estruturada na força da Identidade, a coluna se desvia quando existe a escolha por incorporar comportamentos e hábitos alheios que, em verdade, são incompatíveis com o caráter pessoal.  Os desvios são promotores da descoberta do eixo do próprio jeito de ser e de se colocar no mundo.

O que mais adoece a coluna são as prescrições de conduta e a rigidez comportamental. Quando acolhida a autenticidade das manifestações, as vértebras ficam livres para se construir como um alicerce flexível, dinâmico e coerente com os movimentos da vida. Afinal, a cada aprendizado o corpo todo se refaz, e a manutenção do eixo pessoal só é possível com o exercício da mudança.