Aos olhos da Leitura Corporal, a vontade é uma potência da alma. As vontades, que são muitas a cada dia, são recursos do espírito para nos manter em movimento e interessados pela vida. E tanto faz se é vontade de amar ou vontade de beber água – todas elas são forças anímicas, com propósitos que vivificam o cotidiano.

E sendo a vida, ela própria, um processo de evolução, o acolhimento e a satisfação das vontades pessoais são vias para a maturação individual. Elas nos levam a vivências psíquicas e orgânicas essenciais ao próprio desenvolvimento, e quanto mais atendias são as nossas vontades, mais substratos ofertamos ao pâncreas (saiba mais!) para evoluir nossas qualificações.

No corpo físico, a vibração da vontade é potencializada pela atuação do cóccix (saiba mais!), região que, entre outras funções, trabalha para que o indivíduo se aproprie de suas ferramentas materiais, emocionais e simbólicas, para que possa se satisfazer.

Se entrarmos em conflito com nossas vontades, podemos mobilizar essa área do corpo, levando o segundo dedo na mão até a ponta do cóccix e movimentando-o para um lado e para o outro, girando-o em todas as direções, como se dali se originasse uma espiral que sobe por toda coluna cervical. Assim, ativamos a consciência dos recursos que temos para criar as condições que favoreçam o acontecer das pulsões da vontade, dentro dos limites que cada um considera possíveis à sua moralidade.

Aliás, a vontade propriamente dita tanto dá contornos quanto torna menos rígido o nosso senso moral. Quando uma vontade é genuína, quando ela é fruto da essência, somos capazes de jogar por terra os valores que impedem a autopriorização.

Afinal, vontade é uma coisa que é e que já vem com a solução. Ela é calma e certeira – não admite poréns, hesitações, excitações. Não requer justificativas, não gosta de ser negociada. Vontade verdadeira é uma oferta do um universo – sua realização já está, basta colocar-nos em sua direção.