Tudo começa no abdômen. É dessa região, à qual chamamos Centro Gerador das Emoções e Sentimentos, que nascem as inquietudes que, uma vez reconhecidas, aceitas e nominadas, ganham força de expressão e de ação no mundo.

Mas reconhecer, aceitar e dar o nome certo ao que se sente não é uma tarefa exatamente fácil. Sobretudo porque o sistema de crenças que ainda nos rege desautoriza a manifestação de sentimentos que, no entanto, são legítimos e inerentes à humanidade.

Não pode sentir raiva, tem que ser forte, não é hora de querer ir ao banheiro, tem que comer fruta, não pode desgotar disso, não pode gostar daquilo outro, mas como pode não querer mais aquilo que se queria ontem?  A lista que desaprova a exteriorização de sentires legítimos é imensa, dificultanto a integração do indivíduo com a sua própria experiência.

Sorte a nossa que o corpo, a despeito dos nossos conceitos, não para de sentir o que sente. Permanece variando e mudando, girando ao redor de nossoas significações endurecidas.

O abdômen é um poço infinito de emoções! E elas, que são sabidas, perduram, fortalecem-se, e lá ficam nos cutucando, para que possam ser sentidas, vivenciadas, compreendidas e, então, ressignificadas.

Conceitos são questionáveis. Sentimentos e emoções, não!